terça-feira, 24 de agosto de 2010

NÚCLEO CULTURAL FLORESCER

O mais novo espaço cultural da zona Sul!!
Núcleo Cultural Florescer: aulas de ballet, sapateado, jazz, musicalização, violão, canto coral, percepção ritmica, teoria musical, hip hop e dança do ventre.
Aulas para crianças, adolescentes e adultos.

Venham conhecer!!!
Maiores informações: 99872683 / 82294569
gkmvet@hotmail.com

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Soluções para os problemas urbanos




Nas grandes capitais do mundo um dos maiores problemas a ser resolvido é o intenso tráfego de veículos, que em São Paulo já atinge proporções monstruosas, com uma média de 100 Km de congestionamento na hora do rush. Está na cara que a única solução para isso é o transporte coletivo integrado (trens, metrô, ônibus) pois o enorme volume de carros de passeio – 80% deles com somente um ocupante – só faz atravancar ainda mais as ruas e avenidas. Apesar disso, o atual governo quer incentivar ainda mais a produção e venda de automóveis. Será que descobriram um modo de alargar ou esticar as vias públicas para acomodar tantos veículos?

Os únicos que realmente lucram com essa situação calamitosa são as montadoras multinacionais (não citarei marcas para não fazer propaganda das mesmas) além dos acionistas e donos de empresas de petróleo, GNV, e álcool, que abastecem essa frota imensa e poluidora.

Vamos exigir do atual governo um basta nessa situação. Se quisermos que nosso país se desenvolva de verdade, teremos que adotar o modelo europeu de transporte de massa: o trem. Ferrovias, ao invés de rodovias, são mais baratas para construir, duram muito mais tempo com pouca manutenção, atendem muito mais pessoas ao mesmo tempo e são mais eficientes e limpas no consumo de energia. Foi com esse meio de transporte que a Europa se desenvolveu nos primórdios da Era Industrial. Por sua comprovada eficiência e baixo custo, continua a ser usado até hoje.

Também as cidades devem ser repensadas. Devemos ampliar a malha de captação energética e recursos hídricos. Não com barragens, represas e diques, mas com coleta das águas pluviais em cisternas subterrâneas nos grandes condomínios e aproveitamento da energia solar, agora acessível a todos. Projetos arquitetônicos antigos como as pirâmides em degraus, se adaptados para a tecnologia atual, revelam ser mais eficientes nesse mister por vários motivos. Eis alguns:

- uma cidade composta por edifícios no formato piramidal tem mais arejamento e iluminação entre os prédios,

- a própria construção, em forma de pirâmide, facilita a coleta das águas pluviais, pois todas as varandas, do topo até a base, têm como recolher a água da chuva,

- no caso de um incêndio a fuga dos andares mais altos é facilitada pelo formato do prédio, ou seja, ninguém morreria pulando de um andar ao outro, não havendo necessidade da escada extensível dos bombeiros,

- as sacadas podem ter janelas com painéis de captação de energia solar, barateando o fornecimento de energia elétrica, e podem ser usadas para plantar pequenas hortas para uso próprio ou jardins, já que o formato piramidal permite mais luz no ambiente o dia todo,

- o centro de cada pirâmide pode ser uma praça coberta com anfiteatro, fontes e jardins, tornando-se uma aprazível área de lazer, protegida da chuva e do sol forte,

- edifícios em formato piramidal, por terem uma base estrutural mais larga que o topo, sofrem menos destruição durante terremotos. Temos a prova disso nas pirâmides da América Central, construídas há vários séculos e que até hoje estão de pé, apesar dos habituais terremotos que a região sofre-.



Siegfried Klein – prof música – 8445-5078
REUTILIZAR... RECICLAR... REFLORESTAR... REPENSAR...


VAMOS APLICAR EM NOSSA SOCIEDADE A MÁXIMA DE LAVOISIER:

“NA NATUREZA, NADA SE CRIA, NADA SE PERDE: TUDO SE TRANSFORMA.”



1 - Reciclagem começa em casa, com a separação do lixo reciclável. Junte ao longo do ano as embalagens de biscoito e salgadinhos industrializados dentro de um saco plástico resistente (antes jogue os farelos no lixo) e no final do ano leve para reciclagem. Lembre-se que o plástico leva quase quinhentos anos para se decompor, e que nos lixões essas embalagens acumulam água da chuva, criadouro ideal p/ o mosquito da dengue e outros insetos.



2 - Não jogue na pia o óleo de cozinha usado: guarde-o numa garrafa PET, ponha um rótulo dizendo o conteúdo e entregue para uma ONG ou empresa que recicle o óleo para fazer sabão. Um litro de óleo jogado no esgoto polui e impede a oxigenação de até um milhão de litros de água, matando peixes e crustáceos, base da alimentação de muitas pessoas e animais.



3 - Não jogue fora caixas de papelão de eletro-domésticos recém comprados: guarde-as desmontadas embaixo da cama, dentro de um plástico grande, para futuros embrulhos ou mudanças. Doe os isopores dessas embalagens para uma escola, para as crianças fazerem maquetes e brinquedos. Lembre-se que o isopor é um material caro e muito poluente (é um tipo de plástico).



4 - Não jogue lixo nas vias públicas: numa chuva forte o lixo miúdo entope os bueiros, alagando as ruas. Todos os dias uma enorme quantidade de copos descartáveis, filtros de cigarro, garrafas PET, papéis de balas e doces, guardanapos usados, além de lixos maiores – sofás, pneus, madeiras, etc. – são recolhidos do chão. Cidade limpa é a que menos se suja.



5 - Não misture lixo orgânico (restos de alimentos e cascas) com embalagens recicláveis. Se você tiver um quintal de terra use a técnica da compostagem para fazer adubo com o lixo orgânico (veja como na Internet). Lembre-se da frase de Lavoisier no início desse texto.



6 - Vidro é o material mais fácil de ser transformado: garrafões de vinho podem virar belas fruteiras, e garrafas coloridas podem ser aproveitadas para fazer jarras, vitrais e luminárias.



7 - Economize água: não deixe a torneira aberta ao escovar os dentes ou ensaboar as mãos.



8 - Plante em seu quintal mudas de árvores frutíferas e nativas, como o pau-brasil. Quanto mais arborizado for um terreno, menos ele será erodido e lavado por inundações. As árvores funcionam como esponjas, retendo o excesso de chuva, e suas raízes seguram o solo.



9 - Use os dois lados de cada folha de papel. Use o verso das folhas com erros de impressão p/ rascunhos. Papel é um bem cada vez mais caro, mesmo sendo facilmente reciclável.



10 - Seja criativo e dê outros usos para materiais que seriam descartados:

> pneus carecas podem virar balanços de árvores, mesas de centro, canteiros de plantas...

> câmaras de ar de pneus podem ser transformadas em bolsas femininas, bóias...

> use caixas de sapato para organizar DVDs - cabem exatos 20 estojos com a lateral p/ cima,

> tubos de desodorante servem para aspergir água com nutrientes em plantas decorativas,

> reaproveite peças de móveis quebrados para fazer baús, caixas e prateleiras,

> aproveite a madeira de demolição para fazer bancos, mesas, cadeiras, prateleiras, bancadas...

> garrafas PET podem ser transformadas em luminárias, potes, porta-trecos, vasos de plantas...

> corpos de canetas esferográficas e tampas de garrafas PET viram cortinas coloridas,

> lacres de latas de alumínio podem virar cúpulas de abajur, cintos, descansos de copos...

> aproveite embalagens de shampoo para guardar miudezas, canetas, moedas, etc...



FAÇA DEZ CÓPIAS XEROX E DIVULGUE ! ESSA É UMA PIRÂMIDE DO BEM !

Redigido por Siegfried Klein Martins – professor de música – tel: (21) 8445-5078
“Anjos da guarda” Por Siegfried Klein Martins


em 21-07-2008

Quem são esses homens,

Que no maior calor,

E com pesado equipamento,

Escadas e mais escadas sobem ?



Quem são esses homens,

Que no rubro fulgor,

Enfrentam destemidos,

Chamas que a tudo consomem ?



Quem são esses homens,

Que entram sem temor,

Em lugares donde,

Todas as criaturas fogem ?



Quem são esses homens,

Que no árduo labor,

Lutam por uma vida,

Ainda que sem o vigor jovem ?



Quem são esses homens,

Que à vida dão valor,

E antes da própria vida,

Escolhe salvar a de outrem ?



Quem são esses homens,

Que como Anjos da guarda,

Vigiam atentos, á noite,

Enquanto as pessoas dormem ?



Quem seriam senão Bombeiros,

Nossos Anjos sem asas !

São Espíritos de Luz,

Plasmados em forma de homens !



Este humilde poema é dedicado a todos os bombeiros,

homens e mulheres !

Principalmente aos que ganharam asas.
CHAMADO À MATURIDADE




Vendo as notícias sobre o desastre causado pelo terremoto no Haiti na segunda semana de Janeiro de 2010, fiquei pensando no quão precárias continuam sendo as condições de vida da espécie humana sobre o planeta, apesar de todo o avanço científico atual. Em pleno século XXI continuam a existir doenças como malária e febre amarela, miséria e fome em vários países, guerras tribais na África, atentados terroristas cometidos por fanáticos religiosos, desrespeito aos direitos humanos básicos, taxas de natalidade altíssimas em países pobres, além da poluição desenfreada do planeta, causada pelos países ricos.

Quando será que a raça humana, como um todo, vai amadurecer? Já não bastassem os desastres naturais, o homem ainda consegue piorar a situação. A concentração da riqueza mundial nas mãos de poucos, a ganância desenfreada dos bancos e empresas multinacionais por lucros, a globalização de um capitalismo “canibal” - no qual o que vale mais é o dinheiro e não o ser humano - e a corrupção nos governos e nas grandes empresas, só para citar, são alguns dos problemas causados pelo próprio homem, problemas esses que emperram um verdadeiro desenvolvimento da espécie humana no planeta.

Além de tudo, já estamos sofrendo com a irresponsabilidade dos governos estabelecidos em relação à poluição. A quantidade de peixes, pescada a cada ano, diminui assustadoramente, apesar dos oceanos cobrirem mais de dois terços da superfície do planeta. E isso é para se preocupar, pois o pescado é a base da alimentação de dezenas de países, já que sessenta por cento da população mundial mora e trabalha próximo ao litoral. Imagine-se a enorme quantidade de dejetos despejados diariamente no mar - sem tratamento - por mais de três bilhões de pessoas. Peixes, tartarugas marinhas, pinguins e até focas e mamíferos aquáticos de maior porte - que habitam as águas mais frias – morrem por ingerir plástico! Não bastasse a poluição dos mares, cientistas sérios já dizem que, se não houver diminuição no atual ritmo da pesca industrial (com redes), várias espécies serão extintas e haverá falta de peixe antes do ano 2040. Mais de um século atrás, no livro “20.000 léguas submarinas”, o visionário Júlio Verne já alertava que a raça humana, em sua inconseqüência e irresponsabilidade, acabaria com os peixes do mar, restando somente moluscos e águas-vivas. A espécie humana está “cuspindo no prato em que come”, literalmente.

Tudo isso é piorado ainda mais com taxas de natalidade absurdamente altas, justamente nos países mais pobres. Neles impera a hipocrisia religiosa, principalmente da Igreja Católica, que é declaradamente contra o controle de natalidade. Afinal, instituições religiosas só prosperam explorando a boa fé das pessoas mais humildes e com pouca instrução (não me refiro a doutrinas ou filosofias, e sim aos seus dirigentes). Ainda em relação ao crescimento demográfico mundial, um outro dado é assustador. Por volta de 1950 existiam aproximadamente três bilhões de seres humanos no planeta. No ano 2000 já éramos mais de seis bilhões. Ou seja, a população do planeta mais que dobrou em apenas cinqüenta anos. E os prognósticos são de que irá dobrar de novo, para doze bilhões, em quase metade desse tempo. Como faremos para alimentar e matar a sêde de tantas pessoas se o planeta é finito?

O aumento descontrolado da pressão demográfica mundial sobre os recursos naturais é a raiz de problemas como desemprego, fome, miséria, falta de moradia, falta de água potável, etc... mas nenhuma autoridade ou instituição se preocupa realmente com isso.

Não temos dois planetas Terra, somente um. Nossos recursos são limitados unicamente ao planeta em que habitamos. Temos que repensar todo o nosso sistema econômico. Muitos pregam que a diminuição no ritmo do consumo mundial traria problemas de desemprego, mas é justamente o contrário. Novos empregos e serviços seriam criados. O que as grandes empresas multinacionais não querem é perder seu mercado, garantido às custas da predação sem fim dos recursos planetários, fornecidos de graça pela Natureza. Nós, cidadãos comuns, temos que pressioná-las a investir numa produção auto-sustentável, através da reciclagem e reuso de materiais. Devemos pressionar para a criação de uma lei do “desperdício zero” nos governos, nas empresas e nas indústrias.

Devemos agir do mesmo modo em nossas residências, armazenando separadamente as embalagens recicláveis – papel, madeira, plástico, vidro, metal - do lixo orgânico. Assim, estaremos usando o lixo de modo inteligente, como fonte de renda. E devemos cobrar dos governantes que a coleta seja totalmente seletiva: cada dia da semana coletando um tipo de material, ou usando caminhões específicos para cada material. No caso do lixo orgânico, este pode ser transformado em gás e adubo, através da técnica da compostagem – em escala industrial – rendendo enormes lucros a quem se interessar em fazê-lo. Desse modo acabaríamos de vez com os lixões, verdadeiras chagas cancerígenas no planeta, e motivo de vergonha para uma espécie que se diz inteligente.

(continua)



Devemos direcionar todos os nossos esforços em prol da preservação dos recursos naturais, que são a garantia de um futuro para toda a espécie humana. Comparada ao tamanho do planeta, toda nossa civilização é como a uma delicada folha de ouro, que se rompe ao mais leve toque. Toda a biosfera da Terra – a camada onde existem condições para vida animal e vegetal - se resume a uma fina casca com aproximadamente seis quilômetros de espessura - três acima e três abaixo, a partir da superfície do mar. Estamos no século XXI ! Já sabemos que qualquer evento cósmico de maiores proporções, como a queda de um meteoro gigante, o aquecimento global, ou uma explosão solar mais intensa - como mostrado nos filmes “Impacto Profumdo”, “O dia depois de amanhã”, “Presságio” e “2012” – pode pôr um fim á espécie humana, do mesmo modo como aconteceu aos dinossauros. E isso quase aconteceu 10.500 anos atrás, quando um asteróide gigante caiu na Terra e causou o Dilúvio descrito na Bíblia, fazendo a espécie humana regredir à Idade da Pedra (mais informações no livro “O fim de Atlântida” do arqueólogo e cientista alemão Otto Muck). Mas, vendo a atual situação do planeta, é mais provável que a causa da extinção da espécie humana sejamos nós mesmos. O roteiro do filme “O dia depois de amanhã” não é uma ficção, mas uma extrapolação. Foi baseado no livro “The coming global superstorm” (“A futura Super-tempestade global”) escrito por dois cientistas sérios, Art Bell e Whitley Strieber. Eles afirmam, com provas cientificas, que o delicado equilíbrio climático do planeta está prestes a terminar numa nova era glacial, e que a causa disso é a poluição do ar provocada pela espécie humana. Rezo para que estejam errados.

E agora me dirijo, principalmente, aos ricos e poderosos, que porventura venham a ler essas linhas, citando o escritor Arthur C. Clark: “a Terra é o “berço” da espécie humana, mas não podemos viver no berço para sempre”. Devemos parar de agir como crianças mimadas, egoístas, fúteis e esbanjadoras, que perdem um tempo precioso com inutilidades. Gastar mais de mil dólares em uma garrafa de vinho não é só esbanjar dinheiro. É um ato indecente e absurdo, que revela a personalidade do esbanjador: uma pessoa exibicionista, infantil e irresponsável. Uma das frases mais importantes do mundo foi escrita por Stan Lee, o mestre dos quadrinhos, para o tio de Peter Parker (o Homem-aranha), e diz: “...com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades”. Nesse mundo, cheio de pessoas carentes e famintas, os ricos e poderosos têm a obrigação moral de usar seus recursos de modo mais responsável e humano. Juntos, podem fazer muito mais do que adotar crianças de paízes africanos ou distribuir comida na frente das câmeras. Por exemplo: investir em usinas de reciclagem, urbanização ecológica, energia solar e eólica, metrôs e ferrovias, etc... Em países como Canadá e Finlândia o planejamento a longo prazo tem gerado muitos empregos. Quando um povo tem organização, metas claras e planejamento a longo prazo, esse povo chega ao futuro na frente de outros.

“Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, já dizia o sábio Lavoisier. Devemos usar essa sabedoria e copiar a Natureza, com a ciência e a tecnologia que já estão à nossa disposição. Vamos entrar, como espécie, na idade adulta, explorando o mínimo possível dos recursos do planeta, e otimizando o uso desses recursos ao máximo. Vamos cuidar bem de nossa casa comum, nosso planeta, e de nós mesmos, com honestidade, inteligência, responsabilidade, planejamento de longo prazo, trabalho duro, e principalmente respeito ao planeta em que vivemos. E talvez, num futuro não muito distante, a espécie humana consiga finalmente sair do “berço” e alcançar o móbile infinito, com o qual a Providência nos fascina desde que o primeiro ser humano olhou maravilhado para o céu estrelado. Como escreveu Gene Roddenberry, criador de Star Trek: “...audaciosamente indo onde nenhum homem jamais esteve”.



Siegfried Klein Martins - Professor de música - tel : 8445-5078 - Rio de janeiro, 30 - abril – 2010



P.S.: o termo “urbanização ecológica” envolve o uso de vários conceitos de modo integrado. Um deles é o das cidades verticalizadas (como Nova York), conectadas entre si por ferrovias. Estas cidades seriam compostas por supercondomínios verticais, cercados por parques arborizados e interligados por linhas de metrô e ônibus. Uma cidade vertical bem planejada, e atendida por um sistema de transporte público eficiente, diminui distâncias e tempo no deslocamento. As duas idéias dão ênfase ao transporte coletivo - mais eficiente e econômico – em detrimento ao transporte individual, principal causa da poluição do ar nas cidades. Também valoriza o verde, minimizando ao máximo a área desmatada para as construções. Estas poderiam ter formato piramidal, em degraus avarandados, para coleta de água da chuva (que seria armazenada em cisternas subterrâneas), e painéis solares para fornecimento de energia. Tudo isso seria viável com a atual tecnologia de construção em concreto armado.



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O PRIMEIRO INSTRUMENTO MUSICAL: A VOZ HUMANA

Estudos arqueológicos mostram que desde a pré-história o ser humano fabrica instrumentos musicais. Mas, muito provavelmente, o primeiro instrumento musical do homem foi sua própria voz. Podemos deduzir através de vários achados arqueológicos que desde que o homem aprendeu a articular os primeiros sons e se comunicar, também aprendeu a cantar e fazer música. Isso porque desde os primórdios da raça humana a música estava associada com rituais religiosos e de homenagem aos mortos. Deduz-se que o principal instrumento musical dessas cerimônias fúnebres era a voz humana porque, além do som musical, a voz humana é o único instrumento que pode articular palavras. Até hoje nas danças rituais dos índios americanos, dos aborígenes na Austrália, dos índios brasileiros e outros povos autóctones, o canto - acompanhado por tambores e chocalhos - é o fio condutor do ritual.

Devido a essa capacidade de aliar melodia (música) e mensagem (palavra), simultaneamente, a voz humana pode ser considerada o instrumento musical mais completo de todos. Por isso, até hoje a música cantada é privilegiada nos cultos religiosos do mundo todo. Além disso, a voz humana consegue fazer um “glissando” perfeito, ou seja, deslizar cromaticamente por várias notas (como no violino). Isso porque a voz é um “instrumento” não temperado, ou seja, sem afinação fixa. Essa característica da voz é, ao mesmo tempo, uma vantagem e uma desvantagem. Vantagem porque podemos cantar qualquer melodia no tom que quisermos. E desvantagem porque, por não ter afinação fixa (temperamento), podemos desafinar com facilidade.

Mas para se cantar com afinação não é preciso ter uma boa voz - como a de um cantor lírico – e sim uma boa audição e sensibilidade para perceber as diferenças de altura (freqüência) entre as notas musicais. Muitas pessoas não percebem que são desafinadas quando cantam, ou que estão fora do tom, porque não treinaram a sensibilidade auditiva quando criança. Outra coisa que afeta a afinação é cantar sem uma boa técnica vocal porque, além da afinação, a voz também possui timbre e volume, que também devem ser trabalhados com cuidado por um bom profissional para não danificar o aparelho fonador.

SURDEZ TONAL

Como vimos, qualquer pessoa pode cantar com afinação, desde que tenha boa audição. Os chamados “musicalmente surdos” ou “surdos tonais” são raros. Várias podem ser as causas da surdez musical, mas a principal delas é uma acentuada diplacusia. Esse têrmo se refere a uma diferença na captação das freqüências entre os dois ouvidos, ou seja, um dos ouvidos percebe o som com uma freqüência mais alta ou mais baixa que o outro. As duas freqüências são “misturadas” pelo cérebro, causando uma percepção errada da freqüência original. Isso ocorre porque temos um labirinto (órgão de audição interno) para cada ouvido, e os dois labirintos não têm exatamente o mesmo tamanho, já que a simetria “espelhada” do corpo humano não é perfeita. Quando a diferença de tamanho entre os dois labirintos é maior que a média, a pessoa tem dificuldade ou impossibilidade para cantar no tom.

Como já explicado acima, a simetria do corpo humano não é perfeita, logo, todo mundo tem diplacusia. O que acontece é que esta pode variar de indivíduo para indivíduo. E o único modo de alguém saber o quanto é diplacúsico, é fazendo um teste de audiometria, com um(a) fonoaudiólogo(a), num laboratório equipado para isso. Quando uma pessoa tem os labirintos quase idênticos no tamanho e no comprimento das espirais, podemos dizer que essa pessoa tem facilidade para distinguir as diferenças de altura entre as notas musicais. Já no caso de uma diplacusia acentuada, quando alguém tem labirintos com tamanho e comprimentos bem diferentes (visíveis somente com microscópio), a pessoa terá dificuldade (ou até impossibilidade) para reconhecer e/ou cantar as melodias tocadas. Por causa disso, dizemos que essa pessoa é “musicalmente surda”, ou tem “surdez às tonalidades”.

Por isso não concordo com a expressão “talento musical nato”. Melhor seria dizer que alguém nasceu com “boa percepção para música”. Considero discriminatório o têrmo “talento”, pois qualquer pessoa com o mínimo de percepção pode fazer música, ou qualquer outra arte, desde que tenha também sensibilidade e desejo de extravasar seus sentimentos. O resto é estudo e treinamento. Qualquer artista sabe disso. O verdadeiro talento vem do treino disciplinado. Do mesmo modo, ninguém nasce com o chamado “ouvido absoluto”, ou seja, a capacidade de cantar na tonalidade certa, ou identificar a altura de uma nota musical, sem nenhuma referência tonal prévia. Essa capacidade só se alcança com muito treino, e quando a pessoa tem diplacusia reduzida. Mesmo assim quase todo mundo pode cantar afinado com certa facilidade. Basta treinar técnica vocal com um(a) bom(boa) professor(a).

“QUEM CANTA SEUS MALES ESPANTA.”

Todo mundo conhece esse ditado popular, aparentemente tão banal, mas o que poucos sabem é que ele contém uma sabedoria muito antiga e exata, que deveria ser praticada por todos que queiram se manter com boa saúde – física, mental e emocional. Muita gente não sabe o que o canto pode fazer pelo corpo. Por exemplo: cantar – com boa técnica, usando o diafragma corretamente – relaxa o corpo e promove uma massagem nos órgãos internos que pode até ajudar na prevenção (ou até a dissolução) de cálculos renais, ou obstruções na vesícula (quando ainda estão em estágio inicial). Isso se dá pela ressonância, quando cantamos sons agudos, que vibram justamente no tronco, quando esses sons estão bem apoiados pelo diafragma e pelos músculos abdominais. Afora isso, cantar é um excelente exercício aeróbico, podendo ser tão cansativo quanto uma aula de aeróbica. Basta lembrar que cantores de ópera precisam se alimentar com carboidratos antes de uma apresentação, pois gastam muitas calorias enquanto atuam, chegando a perder dois quilos numa única noite.

Em comparação ao canto popular, a emissão vocal operística é muito mais desgastante, já que exige um esforço e um controle respiratório muito mais intenso, com inspirações rápidas e muito volume sonoro na emissão vocal – na ópera o cantor projeta sua voz sem microfone (a não ser que o recital seja ao ar livre, onde não há acústica favorável). A voz ganha volume nas cavidades de ressonância do tronco (pulmões e traquéia), pescoço (a laringe) e cabeça (boca, cavidade nasal, seios frontais, seio esfenoidal e calota craniana). Logo, é o corpo do cantor(a) de ópera que amplifica o som. Mas não é necessário que ele(a) seja imensamente gordo como muitos pensam. Basta lembrar que o excelente tenor espanhol José Carreras (com um metro e setenta de altura) consegue rivalizar em volume sonoro com seu colega Plácido Domingo, que mede quase 1,90 m e é bem mais encorpado. O que faz isso acontecer é o uso eficiente de uma boa técnica vocal.
Siegfried Klein Martins – prof. técnica vocal
Tel : (21) 8445-5078 ou 2295-1104

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Aulas e Cursos

Professor: Siegfried Klein  -  8445-5078

Núcleo Cultural Florescer  - Av N. S. de Copacabana 435 sala 301 - Copacabana - RJ

1. Musicalização para Desafinados

2. Percepção Rítmica

3. Canto Coral

4. Teoria Musical Básica e Solfejo

5. Violão Popular para Iniciates

6. Musicalização Infantil com Flauta Doce